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UFBA!!!

Posted by Oficina de Redações on 22:43
Oi caras! Tudo bem com vocês?! Achei um tempinho para postar. E como primeira postagem aqui, nada como ideias bahianas. rsrs
Bom, a seguinte coletânea corresponde à proposta de redação do vestibular da UFBA 2010
.

I.
O menino parado no sinal de trânsito vem em minha direção e pede esmola. Eu

preferia que ele não viesse. [...] Sua paisagem é a mesma que a nossa: a esquina, os

meios-fios, os postes. Mas ele se move em outro mapa, outro diagrama. Seus pontos de

referência são outros.

Como não tem nada, pode ver tudo. Vive num grande playground, onde pode brincar

com tudo, desde que “de fora”. O menino de rua só pode brincar no espaço “entre” as

coisas. Ele está fora do carro, fora da loja, fora do restaurante. A cidade é uma grande

vitrine de impossibilidades. [...] Seu ponto de vista é o contrário do intelectual: ele não vê o

conjunto nem tira conclusões históricas — só detalhes interessam. O conceito de tempo

para ele é diferente do nosso. Não há segunda-feira, colégio, happy hour. Os momentos

não se somam, não armazenam memórias. Só coisas “importantes”: “Está na hora do

português da lanchonete despejar o lixo...” ou “estão dormindo no meu caixote...” [...]

Se não sentir fome ou dor, ele curte. Acha natural sair do útero da mãe e logo estar

junto aos canos de descarga pedindo dinheiro. Ele se acha normal; nós é que ficamos

anormais com a sua presença.

JABOR, A. O menino está fora da paisagem. O Estado de São Paulo, São Paulo, 14 abr. 2009. Caderno 2,

p. D 10.



II.

Vinte anos se passaram desde a queda do Muro de Berlim. A cidade comemora com

uma programação rica em atividades. Pode-se conferir, por exemplo, uma grande exposição

de fotografias na Alexander Platz ou ver de perto a restauração da East Side Gallery, um

pedaço de muro ainda existente que se transformou numa galeria de arte a céu aberto. [...]

Em Berlim, [...] tenho ouvido a afirmação recorrente de que o muro persiste enquanto

paisagem interiorizada pelos habitantes da cidade. [...] Onde buscar esse muro internalizado?

[...]

Tudo isso faz pensar nas cidades brasileiras, onde os muros tomam conta da paisagem,

seja segregando favelas e bairros populares, seja cercando os condomínios fechados dos

bairros nobres. Berlim nos ensina que o muro é forma-conteúdo, é produto e também

processo, reflete e condiciona o modo como uma sociedade lida com a diferença. O muro

também produz a diferença e radicaliza a ocultação do “outro”, transforma diferença em

segregação e desigualdade.

SERPA, A. Muros internalizados. A Tarde, Salvador, 1o ago. 2009. Caderno Opinião, p. A 3.



III.

Todo muro tem dois lados. Se, do lado de cá, ele impede o avanço do nosso descaso

para com os pobres; do lado de lá, ele vai servir de trincheira, casamata e torre para os que

se aproveitam da pobreza “criminosamente” [...]. Com o muro, concretiza-se o que o Zuenir

Ventura diagnosticou como uma cidade partida que, murada, será irremediavelmente

repartida.

DAMATTA, Roberto. O problema do muro no Brasil. O Estado de São Paulo, 15 abr. 2009. Caderno 2.

p. D 12.


Os três fragmentos oferecidos para a sua reflexão apresentam situações distintas,
mas que se identificam ao tratarem dos muros visíveis e invisíveis que separam as pessoas.

A partir de uma análise das ideias desses fragmentos, produza um texto argumentativo — na

forma de prosa que julgar conveniente — em que você discuta a desigualdade reveladora

de muros visíveis e invisíveis no Brasil, sugerindo alternativas de mudança.


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De acordo ao tema, a nossa querida( *-* ) amiga Vanessa Moreira escreveu o seu texto. Leremos:



Barreiras sociais

Desde a pré-história, após o homem tornar-se sedentário, a necessidade de demarcação territorial foi cada vez mais se tornando nítida, o ser humano aprendeu a construir barreiras que diferenciavam e protegiam seu espaço do mundo alheio. Até hoje, a maioria das sociedades vivem essa realidade, porém, as barreiras que conhecemos hoje, não denotam apenas proteção territorial, mas, também nos levam a lembrar das enormes divisões sociais que observamos no dia-a-dia mundial.

Para inúmeras pessoas, diferenças sociais como a ausência dos Direitos Humanos para milhares de vidas e a falta de empenho para a mudança dessa problemática, simplesmente são insignificantes e até mesmo invisíveis. Na maioria das vezes, a conscientização geral das populações e até mesmo de determinados governos, não acontecem e o rumo social vai seguindo sempre para o caminho errado.

De fato, o crescente desenvolvimento do mundo globalizado, a grande demanda de uma mão-de-obra capacitada, as poucas oportunidades dadas aos cidadãos e a precária educação de um país são fatores que implicam na intensidade das diferenças sociais. Essa realidade pode ser vivida em qualquer lugar do mundo e está bem perto de nós, aqui no Brasil.

As barreiras que separam as classes de brasileiros mais carentes dos que possuem melhores condições de vidas devem ser destruídas lentamente ou no mínimo, diminuídas. O empenho do governo na melhoria da educação, saúde, saneamento básico e oportunidades de emprego deve ser grande para a diminuição dessas diferenças, porém, o governo deve fazer a sua parte e em contra-partida, a população deve fazer a sua. A conscientização, o desejo de mudança e o questionamento social são importantes também para que os muros que separam as desigualdades sejam destruídos da nossa realidade.


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Vanessa, achei bem legal a sua redação. Porém tem que ficar mais atenta na hora de encaixar suas ideias e também numa melhor exposição de sua tése. Notei que você tem um amplo conhecimento histórico. Isso é ótimo, pois torna a redação mais concreta. Analisei sua introdução e tiveram alguns errinhos como a má estruturação da seguinte frase: "...a necessidade de demarcação territorial foi cada vez mais se tornando nítida..."
Uma melhor estruturação seria: " a necessidade de demarcação territorial tornou-se cada vez mais nítida..."

No segundo parágrafo ocorreu, também, a mesma coisa. Não passou de maneira clara a ideia no trecho "Para inúmeras pessoas, diferenças sociais como a ausência dos Direitos Humanos para milhares de vidas e a falta de empenho para a mudança dessa problemática..." Como assim?! Para inúmeras pessoas a ausência dos Direitos Humanos para milhares de vidas? Houve repetição de palavras e isso não é bacana.

No mais, achei bem interessante o terceiro parágrafo, bem encaixada as ideias. Logo, a sua conclusão faltaram elementos e/ou conectivos que indicasse conclusão.


É... é claro que tem sempre no que melhorar. Mas, assim como fala, você escreve super bem. Não sei se a minha correção foi justa. Espero que tenha e tenham( aos visitantes ) gostado da postagem!!


Bigbeeijossss caras! Câmbio, desligo.


Oficina de Redação, Bianca Gonçalves.





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Posted by Oficina de Redações on 08:57
Galera, nossa primeira redação pra descontrair é um tanto... criativa. rs
Vejam exatamente tudo que não podemos escrever em uma redação com esse texto super engraçado!
Apesar de que o Rodrigo tirou 7, né... rs
Abraço!


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Posted by Oficina de Redações on 03:34
Olá, galera!
Sejam bem vindos a sua OFICINA DE REDAÇÃO on-line!
Aqui é o lugar onde você pode compartilhar suas redações e também prestigiar as nossas. ;)
Somos um grupo de 6 amigos que juntos participamos de um Intensivão Pré-vestibular, na busca incessante pela aprovação.
Fala sério, vestibular é coisa de louco mesmo, ?
E na realidade, estamos aqui por vários motivos.
Primeiramente, escrever sempre é um prazer para todos nós blogueiros, concordam? Além disso, a internet com suas diversas formas de armazenamento, não deixa de guardar com cuidado, nossas queridas e bem elaboradas redações, teses, opiniões e textos variados.
Mas nosso objetivo especial mesmo é a PRÁTICA intensa de escrever, de explorar nossos instintos, de navegar do mundo da redação e de aprender mais ainda a técnica da escrita.
Todos estão convidados a nos enviar, comentar e criticar nossas redações.
Aqui divulgaremos ideias, compartilharemos opiniões e receberemos sugestões sempre para a manutenção constante do nosso talento literário.
Um abração a todos,

Oficina de Redação, Vanessa Moreira.

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